terça-feira, 25 de junho de 2013

U_P&B - ZONE SYSTEM

            Ansel Adams e Fred Archer criaram juntos  um método fotográfico  chamado Sistema de Zonas. Idéia inovadora, tratava-se de dispor séries com a luz. Na prática, é estabelecida relações entre os vários valores de luz do sujeito e as correspondentes densidades registradas no negativo. Através de um conjunto de técnicas, existe a possibilidade do fotógrafo de registrar no negativo e posteriormente no papel fotográfico valores de luz desejados pelo fotógrafo perante o sujeito.
       A capacidade dos filmes negativos de registrar tons fica restrita a dez tons diferentes que vão do preto até o branco da base do papel. Essa diferença de amplitude de tons pode ser ajustada com a utilização do sistema de zonas. Esse sistema consiste em compreender todas as características dos materiais fotográficos e manipular  elas a fim de produzir uma imagem o mais próximo da realidade possível. E ainda, além de facilitar o registro de uma imagem de uma maneira mais completa, esse sistema possibilita a criação de uma imagem de acordo com o gosto de cada fotógrafo, já que conhecendo todas as características do processo, existem condições de manipular a produção das imagens de acordo com suas vontades. Assim sendo, para cada efeito desejado para satisfazer uma opção estética deve-se saber como alterar o processo padrão para causar tal efeito.
      A primeira fase desse método é a Visualização, caracteriza-se como processo mental e emocional no ato da criação de uma fotografia. Ou seja, a habilidade de se antecipar à imagem final em preto e branco, antes mesmo de fotografá-la.
    A definição de zonas foi estabelecida de uma maneira metodológica. Já que o filme reproduz uma infinidade de tons de maneira linear, o espectro tonal do filme foi dividido em dez zonas e para cada uma dessas zonas foi atribuída uma definição de como ela deveria ser representada na ampliação final.

    Simplificação do processo de Ansel Adams:


- 2.5 – Puro preto
- 2 – Preto, com detalhe mínimo

- 1.5 – Próximo do preto, com alguma textura mas sem definição
- 1.0 – Cinza bem escuro (primeira zona escura com definição completa)
- 0.5 – Cinza escuro
- 0 – Cinza médio
+ 0.5 – Cinza escuro
+ 1.0 – Cinza extremamente claro (esta é a última zona com definição completa)
+ 1.5 – Branco (esta zona ainda apresenta alguma textura)
+ 2.0 – Branco sem textura
+ 2.5 – Branco puro

     Sendo previsível a relação entre exposição indicada e o tom da cópia resultante, usa-se para determinar o ponto médio da escala de tons da imagem. Depois definir a leitura da exposição feita em uma única superfície (pode ser branca, preta ou ter um tom intermediário) do objeto e usar diretamente para produzir o cinza médio da cópia. A leitura dessa superfície e sua utilização na exposição é definida com exposição pela zona V que produzirá um cinza-médio equivalente ao cartão cinza para a superfície na cópia final.
Para determinar a escala, é possível definir que a variação de um ponto na exposição equivale à variação de uma zona na escala de exposição, e o cinza resultante na cópia será considerado um tom mais alto ou mais baixo na escala da cópia.
     Quanto ao ajuste inicial, é de costume dos fotógrafos façam o ajuste inicial com base da área mais escura do objeto em cuja imagem querem preservar os detalhes. Desse modo pode-se examinar o objeto em busca das áreas mais escuras nas quais a textura ou os detalhes são necessários e assegurar-se de fazer tais áreas a exposição suficiente.
   A maioria dos fotômetros modernos possui uma escala arbitrária de números para representar à variação de um ponto na exposição. O número indicado pelo fotômetro é transferido para um disco de conversão no próprio fotômetro, o qual, levando em consideração a velocidade do filme, relaciona os números da escala aos ajustes de exposição em termos de numero f e à velocidade do obturador.
Distanciando-nos da revelação padrão, no entanto, pode-se ajustar a escala do negativo dentro de certos limites para obter um espectro de densidades que compensem escalas de luminâncias curtas ou longas. É possível observar que os filmes mais atuais oferecem menos possibilidades de controle de contraste por meio da redução ou do aumento da revelação do que os filmes que existiam a  muitos anos atrás. No entanto, a modificação da revelação ainda é um meio válido de controlar o contraste, mesmo que seja preciso combiná-la a outros métodos para alcançar na cópia os efeitos desejados.


Fontes: http://digiforum.com.br/viewtopic.php?t=12523 

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