A capacidade dos filmes negativos de
registrar tons fica restrita a dez tons diferentes que vão do preto até o
branco da base do papel. Essa diferença de amplitude de tons pode ser
ajustada com a utilização do sistema de zonas. Esse sistema consiste em
compreender todas as características dos materiais fotográficos e
manipular elas a fim de produzir uma imagem o mais próximo da realidade
possível. E ainda, além de facilitar o registro de uma imagem de uma
maneira mais completa, esse sistema possibilita a criação de uma imagem
de acordo com o gosto de cada fotógrafo, já que conhecendo todas as
características do processo, existem condições de manipular a produção
das imagens de acordo com suas vontades. Assim sendo, para cada efeito
desejado para satisfazer uma opção estética deve-se saber como alterar o
processo padrão para causar tal efeito.
A primeira fase desse método é a Visualização, caracteriza-se
como processo mental e emocional no ato da criação de uma fotografia. Ou
seja, a habilidade de se antecipar à imagem final em preto e branco,
antes mesmo de fotografá-la.
A
definição de zonas foi estabelecida de uma maneira metodológica. Já que o
filme reproduz uma infinidade de tons de maneira linear, o espectro
tonal do filme foi dividido em dez zonas e para cada uma dessas zonas
foi atribuída uma definição de como ela deveria ser representada na
ampliação final.
Simplificação do processo de Ansel Adams:
- 2.5 – Puro preto
- 2 – Preto, com detalhe mínimo
- 1.5 – Próximo do preto, com alguma textura mas sem definição
- 1.0 – Cinza bem escuro (primeira zona escura com definição completa)
- 0.5 – Cinza escuro
- 0 – Cinza médio
+ 0.5 – Cinza escuro
+ 1.0 – Cinza extremamente claro (esta é a última zona com definição completa)
+ 1.5 – Branco (esta zona ainda apresenta alguma textura)
+ 2.0 – Branco sem textura
+ 2.5 – Branco puro
Sendo previsível a relação entre exposição indicada e o tom da cópia
resultante, usa-se para determinar o ponto médio da escala de tons da
imagem. Depois definir a leitura da exposição feita em uma única
superfície (pode ser branca, preta ou ter um tom intermediário) do
objeto e usar diretamente para produzir o cinza médio da cópia. A
leitura dessa superfície e sua utilização na exposição é definida com
exposição pela zona V que produzirá um cinza-médio equivalente ao cartão
cinza para a superfície na cópia final.
Para
determinar a escala, é possível definir que a variação de um ponto na
exposição equivale à variação de uma zona na escala de exposição, e o
cinza resultante na cópia será considerado um tom mais alto ou mais
baixo na escala da cópia.
Quanto ao ajuste inicial, é de costume dos fotógrafos façam o ajuste
inicial com base da área mais escura do objeto em cuja imagem querem
preservar os detalhes. Desse modo pode-se examinar o objeto em busca das
áreas mais escuras nas quais a textura ou os detalhes são necessários e
assegurar-se de fazer tais áreas a exposição suficiente.
A maioria dos fotômetros modernos possui
uma escala arbitrária de números para representar à variação de um ponto
na exposição. O número indicado pelo fotômetro é transferido para um
disco de conversão no próprio fotômetro, o qual, levando em consideração
a velocidade do filme, relaciona os números da escala aos ajustes de
exposição em termos de numero f e à velocidade do obturador.
Distanciando-nos
da revelação padrão, no entanto, pode-se ajustar a escala do negativo
dentro de certos limites para obter um espectro de densidades que
compensem escalas de luminâncias curtas ou longas. É possível observar
que os filmes mais atuais oferecem menos possibilidades de controle de
contraste por meio da redução ou do aumento da revelação do que os
filmes que existiam a muitos anos atrás. No entanto, a modificação da
revelação ainda é um meio válido de controlar o contraste, mesmo que
seja preciso combiná-la a outros métodos para alcançar na cópia os
efeitos desejados.
Fontes: http://digiforum.com.br/viewtopic.php?t=12523
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